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Mulheres 35+: quais as expectativas em relação à menopausa?

Com ou sem tratamentos hormonais, o importante é ter saúde e bem-estar na maturidade - Reprodução/YouTube
Com ou sem tratamentos hormonais, o importante é ter saúde e bem-estar na maturidade - Reprodução/YouTube

Redação Publicado em 28/05/2021, às 09h00

Quais as preocupações das mulheres com mais de 35 anos em relação à saúde e ao futuro? No quinto e último episódio de uma série sobre a fase de transição da idade fértil até a menopausa, o médico Jairo Bouer conversa com três convidadas sobre o que se espera do climatério e sobre a importância da saúde mental.

A professora Clarice Dall’Agnol, de 47 anos, ficou assustada quando ouviu do médico, há alguns anos, que as alterações hormonais que vinha enfrentado eram fruto da perimenopausa (período que antecede a última menstruação e pode durar vários anos). Na época, ela já tinha percebido que perder peso estava muito mais difícil. Apesar de tudo isso, ela hoje não se importa mais tanto assim com alguns quilos a mais:  "O que eu quero é poder estar saudável, (...) e estar bem, hormonalmente". Para ela, a saúde mental é o mais importante.

10 dias de sofrimento por mês

A jornalista Tatiana Proninm de 45 anos, concorda com Clarice, e diz que a piora na duração e na intensidade da TPM (Tensão Pré-Menstrual), percebida há alguns anos, a fez sentir até medo da menopausa. Para ela, é interessante ficar sem hormônios e sentir, por exemplo, como a libido aumenta durante o período fértil. Mas ela optaria por um método hormonal que fosse seguro para a sua idade para se livrar das crises de TPM, que atrapalham demais a qualidade de vida. 

"Eu já fiz um cálculo: você fica só 20 dias do mês bem, e 10 dias, 'mais ou menos', ou seja, um terço do mês a gente passa mal, e isso não importa a idade, eu vejo desde a minha filha até uma mulher madura", observa Clarice. Por essas e por outras, ela hoje enxerga o amadurecimento e o climatério como uma libertação. 

Para a antropóloga Joziane Ferreira, de 39 anos, a menopausa será muito bem-vinda: "O dia em que eu parar de menstruar vai ser um alívo na minha vida". Ela conta que acha muito bonito esse papo de que a menstruação é algo sagrado, que representa os ciclos femininos. Mas ela acha que essa visão só pode ser de mulheres que têm um fluxo normal e que não sofrem grandes alterações de humor antes de o sangramento começar. "Todo santo mês eu tenho que explicar que eu estou na TPM, que eu gosto de ficar mais retraída, quieta, no meu canto, até para não querer 'matar um'", comenta. 

Conversar é preciso

Joziane avalia que vê muitas mulheres com vergonha de dizer que entraram na menopausa, porque o termo é muito associado a envelhecimento. Mas ela hoje se diz muito melhor, mais bonita e mais segura do que aos 30 anos, quando passou o aniversário chorando, por se sentir velha.

No final das contas, todas concordam que falar sobre tudo isso, trocar ideias com outras mulheres sobre essas questões femininas, também é importante para o equilíbrio e a saúde mental.  

Assista ao quinto e último episódio: